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Relacionamentos abusivos: Reconhecer, Reagir e Recuperar-se

“A maior glória em viver não está em nunca cair, mas em levantar-se a cada queda”

Nelson Mandela

Introdução

Olá! Hoje, vamos abordar um tópico delicado, mas extremamente importante: relacionamentos abusivos. Recentemente, o caso de Ana Hickmann ressaltou essa realidade alarmante. Sua corajosa revelação sobre um relacionamento que evoluiu de tóxico para violento chamou atenção para um problema que muitas pessoas enfrentam em silêncio. Histórias como a dela nos lembram da urgência em reconhecer, reagir e buscar caminhos para a recuperação em situações de abuso.


Como terapeuta transpessoal e de floral, percebo a complexidade envolvida nos relacionamentos abusivos. Eles são complexos e repletos de desafios emocionais e psicológicos. Neste artigo, meu objetivo é oferecer não apenas um olhar profundo sobre este tema, mas também disponibilizar recursos valiosos, orientações práticas e apoio emocional para aqueles que estão vivenciando ou conhecem alguém nesta situação. É essencial abordar esses relacionamentos com uma combinação de compaixão, entendimento e ações concretas.

Contexto Global da Violência Contra as Mulheres

A violência contra mulheres persiste globalmente, revelam dados da OMS.
Uma em cada três mulheres enfrenta violência física ou sexual ao longo da vida.
Cerca de 736 milhões de mulheres são afetadas. Alarmante é que uma em cada quatro mulheres jovens sofre violência de parceiros antes dos vinte anos. Esses números estagnaram na última década, exigindo ações urgentes para combater essa problemática.

Dia Internacional da Não Violência Contra a Mulher

O Dia Internacional da Não Violência contra a Mulher, comemorado em 25 de novembro, é uma data significativa que ressalta a luta contínua contra a violência em todas as suas formas. Este dia é um momento crucial para aumentar a conscientização sobre a prevalência de relacionamentos abusivos e a necessidade de combater essas formas de violência.
A violência em relacionamentos abusivos não se limita apenas ao aspecto físico; ela também pode ser emocional e psicológica. A importância desta data está em destacar que o respeito, a igualdade e a dignidade são fundamentais para a construção de relações saudáveis e para uma sociedade mais justa e equilibrada.

A luta contra relacionamentos abusivos exige mais do que apenas reconhecimento; requer ação e mudança. A educação e o diálogo emergem como instrumentos poderosos nessa batalha, proporcionando um caminho para quebrar estereótipos prejudiciais e fomentar uma compreensão mais profunda sobre a natureza e a prevenção do abuso. A lembrança do Dia Internacional da Não Violência contra a Mulher serve como um incentivo para se comprometer com a criação de um ambiente onde todas as pessoas, especialmente as mulheres, possam viver livres do medo da violência. É um chamado para construir um futuro em que a igualdade de gênero seja uma realidade vivida e a violência contra as mulheres seja apenas uma parte da história passada.


A união de esforços é essencial para provocar mudanças substanciais e transformações positivas. Ao abordar o tema dos relacionamentos abusivos, avança-se em direção a um futuro em que a igualdade de gênero e o respeito mútuo sejam princípios inabaláveis e a violência uma lembrança distante.

Como Identificar o Abuso?

Abuso não é só a violência que se vê. Ele vem em formas diferentes – emocional, psicológico, moral, sexual e até financeiro. Às vezes, é um controle disfarçado, uma palavra que machuca, ou um jeito de isolar a pessoa do mundo. A Ana viveu isso. Ela passou por ameaças e violência física, e sua história nos faz pensar em como é importante estar atento aos sinais.


Relacionamentos tóxicos são aqueles que prejudicam uma ou ambas as partes envolvidas. Devido à presença de sentimentos como o amor, é comum que a toxicidade passe despercebida ou seja erroneamente aceita como normalidade em relações amorosas. Muitas vítimas chegam até a acreditar que são as culpadas pelo abuso sofrido. Este é um alerta para a necessidade de conscientização e compreensão da dinâmica e dos sinais de um relacionamento tóxico, para que possamos identificar e intervir em tais situações.

Física

Conduta que ofende a integridade ou saúde corporal da mulher.

Psicológica

Conduta que causa danos emocional, degradar ou controlar suas ações comportamentos, crenças e decisões.

Moral

Comentário ofensivos, humilhação, desvalorização da mulher em todos os aspectos.

Patrimonial

Retenção, subtração ou destruição de objetos da mulher.

Sexual

Relação sexual sem consentimento da mulher mediante a coação, intimidação, ameaça ou uso de força.

Sinais Físicos e Mentais De Que Pode Haver Abuso

  • Mudanças na relação com a alimentação: aumentar muito o apetite ou perder o apetite;
  • Mudança no ciclo do sono: interrupções de noite, acordar em um susto, cansaço ao acordar pela manhã;
  • Dores na parte óssea, tendões e musculatura. Bruxismo e problemas dentários por contração da mandíbula;
  • Crises de ansiedade, medos imaginários, fantasias, pânico, dificuldade de planejar o futuro e falta de discernimento em questões práticas do dia-a-dia.

Frases e Situações Mais Comuns em Relacionamentos Abusivos

O abuso em um relacionamento muitas vezes se revela através de frases e situações recorrentes que visam manipular e controlar a vítima:


“Não quero mais você falando com fulano(a).”
“Ninguém vai te amar como eu te amo.”
“Se você for, não precisa mais voltar.”
“Você é burra(o) [feia(o), atrapalhada(o) etc.] demais, ninguém quer alguém assim.”
“Com essa roupa você não sai comigo.”
“Você só fala besteira.”
“Você está louca(o), eu não tenho nada com ela(e)!”
“O que acontece aqui é problema nosso, você não tem que falar nada para ninguém.”
Essas frases são projetadas para fazer a vítima se sentir culpada e sem valor, reforçando o controle do abusador.

Desfazendo os Mitos do Abuso

Muita gente pensa que é fácil sair de um relacionamento abusivo, mas não é. Há medo, dependência emocional, financeira e principalmente preocupação com os filhos que dificultam a decisão. Isso tudo cria uma teia complicada. A psicologia transpessoal e a terapia floral podem ser caminhos valiosos para compreender e desfazer essas amarras emocionais profundas.


É essencial ampliar nossa visão e reconhecer que o abuso não se limita a relações amorosas. Pode acontecer em contextos familiares, de trabalho e em diversas formas de interação social.

Histórias Reais Que Educam

A trajetória de Ana ressalta a importância de compartilhar histórias reais para educar e sensibilizar sobre o abuso. Essas histórias, ao serem compartilhadas, não só nos ajudam a entender que não estamos sozinhos, mas também mostram que é possível enfrentar e superar o abuso. Elas criam uma conexão empática e nos convidam a refletir sobre nossas próprias experiências.


Discutir e trazer à tona histórias de abuso é um passo crucial para mudar essa realidade. Cada relato compartilhado ajuda a oferecer suporte, entender as necessidades das vítimas e assegurar que suas vozes sejam ouvidas.


A força demonstrada pelas vítimas de abuso, como Ana, é uma inspiração para todos nós. Sua história nos encoraja a buscar nossa força interior e a lutar por nossa autonomia e respeito. A experiência de Ana Hickmann nos convoca a reconhecer os sinais de abuso, a oferecer apoio e a agir proativamente. Assim, contribuímos para a construção de uma sociedade mais consciente e solidária. Se você está passando por uma situação de abuso, lembre-se: existe ajuda, há uma saída e você não está sozinho(a).”

Como Superar Um Relacionamento Tóxico

Neste caminho de entender e superar os desafios de um relacionamento tóxico, a psicologia transpessoal surge como uma aliada valiosa. Esta abordagem vai além do tradicional foco na saúde mental e emocional, explorando também aspectos espirituais e transcendentais do ser humano. Ao fim de um relacionamento tóxico, onde as feridas emocionais são profundas e a autoestima muitas vezes se encontra abalada, a psicologia transpessoal oferece ferramentas para a reconstrução do eu interior e a redescoberta do propósito e do significado na vida.


Incorporar técnicas da psicologia transpessoal no seu dia a dia pode ser um passo crucial para a cura. Essas práticas podem incluir meditação, mindfulness (atenção plena), trabalho com sonhos, e outras técnicas que visam integrar a mente, o corpo e o espírito. Estes métodos ajudam não só a entender e a processar os traumas emocionais vivenciados, mas também a encontrar uma nova perspectiva de vida, mais alinhada com os seus valores mais profundos e autênticos.

A Imagem Distorcida de Si Mesmo

No cerne destes relacionamentos abusivos, muitas vezes, reside uma imagem distorcida que a pessoa construiu sobre si mesma. Esta autoimagem negativa pode ter raízes profundas, muitas vezes remontando à infância. Críticas constantes dos pais, ausência parental, ou traumas sociais como gravidez acidental, adultério, ou problemas com alcoolismo podem contribuir para a construção de uma autoimagem de menos valia. A pessoa pode sentir-se em dívida com o mundo, percebendo o abuso como um tributo que ela “merece” por seus erros percebidos ou reais.


Isto tudo muitas vezes acontece no inconsciente. A pessoa pode achar que se valoriza, mas quando surge uma situação de violência, camuflada ou não, a pessoa se retrai e surge um medo, que gera justificativas mentais para aquela situação e ela tende a se perpetuar. Então, uma primeira chave são perguntas simples: onde está o respeito por mim nesta situação? Ao aceitar isto estou agredindo a mim mesma?


E um mantra muito importante a ser internalizado: eu sou um ser humano que recebi a dádiva da vida. Eu mereço todo o amor e respeito de quem escolhi para trilhar comigo esta jornada.

Como Se Libertar?

A chave para se libertar é o estabelecimento de limites. Onde há o abuso há uma compulsão de controle e desvalorização do outro, que esconde por trás, uma grande e profunda falta de confiança em si e por vezes até um transtorno. A chave então é você se conscientizar de seu valor. Olhar para sua história com um novo olhar. Reconhecer que você fez o melhor que pode e como ser humano pode e merece ser feliz.


Um segundo passo é aprender a falar não. Colocar limites. Por vezes, isto envolve um grande desafio, pois se o abuso já for crônico e envolver violência haverá necessidade de auxílio da Lei e, eventualmente, da própria polícia. Como por vezes é um passo muito extenso, procure formar laços de apoio: familiar, amigos, associações etc. Procure dar voz à sua dor e buscar recursos para transformar em ações.

Sinta as Suas Emoções

O encerramento de um relacionamento tóxico pode ser um processo emocionalmente complexo, especialmente sob a ótica da psicologia transpessoal, que reconhece a profundidade das experiências humanas além dos aspectos físicos e mentais. Você pode se sentir simultaneamente aliviado e perdido, experimentando uma liberdade nova ao lado de uma sensação de vazio. É crucial permitir-se sentir essas emoções em sua plenitude, entendendo-as como etapas essenciais no seu caminho de crescimento pessoal e espiritual.


É importante ampliar a visão de que encerrar uma relação tóxica é um processo de cura para ambas as partes. Quem abusa também encontra um limite e uma oportunidade de aprender com a perda.

Dedique tempo para refletir profundamente sobre essas emoções. A psicologia transpessoal sugere que anotar seus sentimentos em um diário, ou discuti-los com um terapeuta especializado, pode ser uma forma poderosa de processar e entender suas experiências internas. Esta abordagem promove a integração do seu eu físico, mental e espiritual, encorajando uma compreensão mais profunda do seu ser verdadeiro e do propósito de vida.

À medida que as emoções mais intensas começarem a se estabilizar, inicie o processo de reconstruir sua vida diária com uma nova perspectiva. Engaje-se em atividades que nutram seu corpo, mente e espírito. A prática regular de exercícios físicos, por exemplo, não só fortalece o corpo, mas também promove a clareza mental e o bem-estar emocional. Retome seus projetos pessoais com uma visão renovada, permitindo que esta fase de transformação guie você para um futuro mais pleno e autêntico.

Evite a Auto culpa

É comum para quem sai de um relacionamento tóxico se auto responsabilizar pelos erros do parceiro ou pelo fim da relação. Pode haver uma tendência a se criticar por ter ficado tanto tempo nessa situação, ou por acreditar que foi ingênua. No entanto, lembre-se de que culpar-se não contribui para o seu crescimento. Os erros são parte da jornada humana, e as experiências adversas podem ser fortes ferramentas para o fortalecimento pessoal e desenvolvimento.

Liberte-se da Vergonha

Para aqueles que experimentaram um relacionamento abusivo, é natural sentir vergonha das circunstâncias vividas, sentindo-se humilhados ou traídas. Pode ser difícil entender como se permitiu permanecer nessa situação por tanto tempo. No entanto, é importante reconhecer que o período mais desafiador já ficou para trás. Agora, você tem a oportunidade de viver uma vida mais saudável.

Use essa experiência negativa como um aprendizado para evitar repetir os mesmos erros no futuro. Sinta-se orgulhosa por ter abandonado esse relacionamento. Dar esse passo requer uma enorme coragem e é, muitas vezes, a parte mais desafiadora do processo.

Onde Buscar Ajuda

Saber onde encontrar ajuda é crucial em situações de relacionamentos abusivos. Existem diversas opções de apoio que podem ser fundamentais na jornada de recuperação e fortalecimento. Um desses locais, dedicado a auxiliar neste processo, é o Instituto Madhu:

• Instituto Madhu: Esse espaço promove o desenvolvimento de ações de conscientização humana, visando minimizar a violência de gênero e intrafamiliar na sociedade. Oferece um ambiente seguro e acolhedor para mulheres que enfrentam violência. Além de apoio psicológico, o instituto se dedica a promover ações que visam a redução da violência na sociedade.


• Telefone: 11 94557-3497
• Site: www.institutomadhu.com.br
• E-mail: institutomadhu@gmail.com
• Endereço: Rua Dr. Silvio Dante Bertacchi, 889 – Vila Sonia, São Paulo – SP

Suporte Legal e Financeiro

É crucial conhecer seus direitos e ter acesso a recursos financeiros em situações de abuso. A Lei Maria da Penha é um marco essencial no combate à violência contra as mulheres no Brasil, garantindo proteção e justiça.


Denuncie: 180 (Central de Atendimento à Mulher) ou 190 (Polícia Militar)

Em 31 de março de 2023 foi sancionada a nova Lei que oferece esperança e dignidade às crianças e dependentes das vítimas. É um ato de humanidade e de construção para um futuro mais justo. A nova lei visa reparar as vítimas diretas e indiretas da violência de gênero no Brasil, alinhando-se com o Pacto Nacional de Prevenção aos Feminicídios. Em 2022, houve 1.437 feminicídios, afetando, aproximadamente, 2.529 crianças e adolescentes órfãos. A medida tem baixo impacto orçamentário e beneficia as 34,4 milhões de mulheres chefes de família no país.”

Graduação em Ciências Econômicas. Pós-graduação em Psicologia Transpessoal. Formação em Terapia Floral, com especialização em trauma e intuição (Essências Florais). Formação em Cura Pranica (Institute for Inner Studies no Reino Unido). Curso Fundamentos do Budismo (Institute for Inner Studies no Reino Unido) Não me resumo às minhas formações acadêmicas, nem aos diversos cursos e especializações que fiz no Brasil e no exterior. Eu sou a Malu. Comunicativa, inquieta e curiosa por natureza. Sou a conexão e amor que sinto pela minha ancestralidade, e pelo meu marido João. Sou o resultado do meu hábito por meditação e tudo o que a vida me ensinou sobre mim mesma. Muitos interesses, habilidades e paixões juntos fazem de mim a Malu Ortega. Durante muitos anos, vivi apaixonada pelos números e teorias que movem o mundo da economia. E, acredite, essa paixão não esfriou; ela ainda pulsa forte em mim. A economia foi minha primeira grande aventura profissional, onde dediquei horas e anos da minha vida, sempre com muita satisfação. Mas você sabe como a vida é cheia de surpresas, não é? Sem que eu planejasse, uma nova paixão surgiu em meu caminho: mergulhei no fascinante mundo da Psicologia Transpessoal com uma pós-graduação que expandiu não só o meu conhecimento, mas minha visão de mundo. A Terapia Floral veio como uma ponte entre a ciência e o espírito, onde especializei-me em trauma e intuição. Foi um daqueles giros inesperados que a vida dá, me levando a descobrir um talento natural para curar e ajudar as pessoas a encontrarem o equilíbrio e a paz interior. Mas quem sou eu além das credenciais? Sou Malu, alguém que vê na comunicação uma ponte para a cura, que não teme as inquietudes da alma e que se delicia na eterna busca por conhecimento. Sou feita de amor pela minha ancestralidade e pelo meu companheiro de vida, João. Sou moldada pela meditação e pelos ensinamentos preciosos que cada dia, cada pessoa e cada experiência me trouxeram.

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